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PORTAL VITRUVIUS. Concurso da Nova Sede do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais. Projetos, São Paulo, ano 04, n. 044.05, Vitruvius, ago. 2004 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/04.044/2421>.


A proposta conceitual

Conhecemos o outro por suas atitudes. O amigo, o líder, o profissional, a família, uma instituição, até mesmo as cidades têm seu jeito, fazem gestos.

A arquitetura tem a missão de compreender o espírito dessas relações e materializá-las no objeto edificado.

Por isso, escolhemos para a sede do Conselho Regional de Medicina, um grande gesto curvo, único e côncavo.

O sentido de Unidade posicionado para receber e acolher.

Numa sociedade dispersa, atomizada, fragmentada, o CRM precisa ter a imagem coesa, em sua forma e na sua ação.

A forma nasceu do posicionamento ideológico, comprometido com os princípios de valorização da medicina e de defesa da dignidade profissional. Por isso, não é gratuita, não é prévia, não é repetição de modelos, é forte, original e corajosa.

Mas é também, sobretudo gentil, atenciosa e humana nas suas curvas que se abrem para a cidade e para o mundo, e na escala de seus ambientes.

Suas funções, várias, como no corpo humano, foram arranjadas num único organismo. O Homem, razão de ser tudo, é a medida sensível de nossa intenção e de todas as dimensões. A forma fala de afeto e cidadania.

Afinal, “Qualquer amor já é saúde, um descanso na loucura”, como nos ensina o médico-escritor Guimarães Rosa.

As ondas de brises-soleil que fazem a soma das partes, são tanto controladoras da incidência do sol e de calor, quanto construtoras das visadas para o Bairro de Santa Tereza e o Vale do Arrudas.

Lá fora as sombras, o claro-escuro, dentro o ar e a luz ocupam o grande pé-direito, o espaço interior. Sempre a transparência.

Permanece a atmosfera do fazer coletivo sem separações: cooperação, companheirismo, solidariedade.

As grandes áreas de função ficaram assim divididas:

Pela rua Pacífico Mascarenhas temos a grande entrada, acesso principal.

Ele atende principalmente, ao Centro de Convenções, independente do conjunto que se distribui em dois níveis por ambientes altos, largos com generosos jardins.

Ali, o embarque e desembarque é amplo e coberto, facilitado para idosos e deficientes físicos. Os Auditórios poderão funcionar separadamente ou integrados através de divisórias acústicas articuladas deslizantes que se deslocam em trilho e são conduzidas até a sua posição final para serem recolhidas. Além disso os auditórios também poderão se abrir totalmente para o foyer, ampliando a área útil de público.

As atividades operacionais típicas do Conselho Regional, articuladas pela Rua Professor Otaviano de Almeida, ficaram distribuídas em 5 Pavimentos Tipo, que, dispostos em L, permitem facilidade de redistribuições e alterações de uso, sem as perdas de área para a circulação.

As divisórias de vidro e os painéis baixos nos deixam perceber a dinâmica do conjunto através de sua transparência. O mobiliário modulado permite uma flexibilidade de arranjos, criando uma liberdade na criação dos lay-outs.

Nada é estanque, nada é solitário.

Os fluxos, no entanto, acontecem ora nitidamente setorizados, ora interdependentes atendendo às variadas demandas funcionais.

No subsolo, as Garagens, as Áreas de apoio, Geradores, Subestação, Equipamentos, Arquivo e Depósitos. Todas as operações de serviço assim dispostas evitam conflitos com os fluxos de usuários.

Para a composição do nosso sistema buscamos elementos estruturais que permitam, a um só tempo, simplicidade de execução, leveza e economia, garantindo a plasticidade do projeto arquitetônico.

Guardamos para o final, um gesto simbólico, síntese dos atributos humanos e humanísticos de que se constitui nossa proposta, é a inclusão de um ipê branco, árvore símbolo do Brasil como exemplar magnífico da flora de nossa terra, plantado no ponto gerador das linhas de curvaturas que constroem a nossa idéia.

É um compromisso, uma denúncia e uma convocação de luta pelo Homem e pela Natureza, comum aos médicos e aos arquitetos.

A solução estrutural

Basicamente, a solução estrutural prevista será em lajes nervuradas, planas, apoiadas diretamente sobre pilares de concreto armado.

A utilização da laje nervurada permite um espaçamento maior entre pilares, simplificando a execução da estrutura e reduzindo o número de pontos de fundação. O uso de formas recuperáveis propicia maior velocidade de execução da estrutura em relação aos sistemas convencionais com formas de madeira.

O arranjo estrutural prevê ainda 03 paredes em concreto armado, nas extremidades da edificação, compondo a fachada e trabalhando, juntamente com a caixa de escada e elevadores, a resistência às ações do vento.

O travamento dos pilares em cada nível será realizado pela laje, que funciona, em seu plano, como um diafragma rígido, dispensando o uso de vigas e dando maior plasticidade ao pavimento.

A transição dos pilares sobre o auditório será feita com vigas metálicas protendidas, com mesa colaborante em concreto armado, formando uma grelha metálica sob o teto do auditório. Os pilares em concreto nascem sobre a grelha e se desenvolvem até a cobertura. A protensão das vigas metálicas tem o objetivo de garantir o controle dos deslocamentos e preservar o pé direito livre do auditório.

As contenções no 1º e 2º subsolos serão em cortinas de concreto armado, apoiadas nas vigas de fundação e nas lajes de cada pavimento.

Os brises serão estruturados através de uma malha escalonada em tubos de aço de seção circular de 5 polegadas contando com uma estrutura auxiliar horizontal composta por perfis de alumínio de 30x30 mm. O fechamento desta malha será feito através de placas cimentícias leves, com baixa densidade, permitindo a vedação com excelente acabamento.

A ventilação natural e o condicionamento de ar

A forma escalonada, além de integrar os espaços, é que mais contribui para termos um edifício bioclimático, construção mais simples e barata, menos manutenção, gerando uma solução ecologicamente amigável, que aliás segue a tendência internacional dos “edifícios verdes”.

Os brises protegem o grande hall da incidência direta do sol, permitindo somente entrada de luz. É o pulmão do edifício, pois funciona como uma grande coifa, que permite convecção e correntes de ar interno, garantindo conforto térmico.

Sendo assim, o uso do ar condicionado se restringe aos Auditórios e aos ambientes privativos nos quais eventualmente se fizer necessário. Neste caso o sistema de condicionamento de ar será de água gelada, com chillers a ar (situados no subsolo) e climatizadores tipo fan coil.

Nos Auditórios poder-se-á optar pelo insuflamento de ar pelo piso, com retorno do mesmo pelo teto (rebaixamento do forro), conduzido através de shafts às respectivas casas de máquinas (localizadas no subsolo).

Já no CPD, onde o sistema deve ser autônomo, o condicionamento de ar será feito por Split, tendo reservado um espaço para a unidade condensadora.

ficha técnica

Autor
Gustavo Penna

Equipe de Arquitetos
Juliana Couri, Laura Penna, Laura Caram, Norberto Bambozzi e Tereza Penna de Siqueira

Estagiários
André Almeida Magalhães, Letícia de Paula Carneiro e Renato Melo

Consultoria Sistema Estrutural
Raul Neuenschwander

Consultoria Ar Condicionado
Francisco José Simões Pimenta

Consultoria Distribuição Layout
Robson Siqueira Silva

Programação Visual
Designlândia

Maquete Física
Hélio José Maciel de Oliveira

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Equipe premiada
Belo Horizonte MG Brasil

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044.05 Concurso
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original: português

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Equipes premiadas
Belo Horizonte MG Brasil

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044

044.01 Profissional

Brascan Century Plaza, projeto de Jorge Königsberger e Gianfranco Vannucchi

044.02 Concurso

Concurso Bairro Novo

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044.03 Concurso

Concurso Público Nacional de Valorização da Paisagem Urbana de Santa Tereza RS

044.04 Profissional

Plano Erechim 100 – Cesar Dorfman Arquitetos Associados

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