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PORTAL VITRUVIUS. Concurso de Idéias para projeto de tratamento acústico e paisagístico do Elevado da Perimetral. Projetos, São Paulo, ano 05, n. 049.01, Vitruvius, jan. 2005 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/05.049/2442>.


O presente concurso público de idéias prevê a melhoria das condições ambientais na área de influência do Viaduto da Perimetral, através do tratamento acústico, paisagístico e luminotécnico de toda sua estrutura, atuando-se tanto no espaço sobre o elevado quanto no espaço urbano sob a sua estrutura.

O viaduto é hoje um elemento que interfere negativamente na apreensão visual do conjunto urbano-paisagístico do Centro do Rio. Esta cidade historicamente projetada para ter sua beleza apreciada por quem a aporta, tem boa parte de seus monumentos impactados pela presença daquela via elevada.

Por outro lado, no trajeto pelo viaduto é possível compreender-se o somatório de vários tempos representados por estilos arquitetônicos variados que identificam o valor particular da Cidade do Rio de Janeiro.

Assim, partindo-se do pressuposto da permanência desta obra de engenharia, propõe-se uma intervenção capaz de modificar positivamente sua contribuição visual ao contexto urbano em que se insere, agregando valor ao conjunto edificado e contribuindo para a sua inserção na paisagem.

A Comissão Julgadora na avaliação das idéias apresentadas selecionou três propostas que considerou viáveis e que podem contribuir positivamente para mitigar os impactos sobre os espaços urbanos adjacentes àquela via. As propostas, no entanto, para sua aplicação concreta, precisam sofrer as adaptações indicadas pela Comissão quando do seu detalhamento.

Priorizou-se na avaliação a questão ligada ao tratamento da obra como um todo, de forma a integrá-la como objeto participante do diálogo urbano, minimizando sua interferência negativa no entorno.

A Comissão se reuniu nos dias 22/10, 25/10 e 26/10, quando foram formuladas as seguintes observações para cada um dos trabalhos, segundo a ordem estabelecida na abertura dos envelopes.

EQUIPE 1

Boa solução para a área superior do elevado, apresentando, além das barreiras refletoras tradicionais, atenuação do ruído na caixa de rolagem, pelo uso de recapeamento com asfalto borracha (reciclagem de pneus inclusive). A equipe no entanto não apresentou solução para tratamento acústico da área inferior do elevado.

Do ponto de vista da inserção do viaduto na paisagem não traz inovações, pouco interferindo em sua forma e limitando-se a indicar tratamento pictórico para a estrutura inferior. A iluminação proposta para a área sob o viaduto é insuficiente e não contemplou os veículos, que circulam em vários trechos.

A sugestão de usar energia solar para atender a iluminação da via superior, apesar de indicar boa orientação ambiental, não é viável, uma vez que será necessário um número grande de placas para atender à demanda de energia necessária para o sistema de iluminação, o que comprometeria a estética do projeto pela multiplicação de elementos.

Equipe 2

O projeto apresenta diagnóstico detalhado e metodologia bem estruturada, assim como uma preocupação com a inserção do viaduto na paisagem através de tratamento cênico luminotécnico. No entanto, a contribuição efetiva do ponto de vista paisagístico só acontece no período noturno com o uso da iluminação com efeitos cênicos, pouco interferindo na forma efetiva do elevado.

Boa solução para a área superior, embora a representação esteja um pouco confusa, gerando dúvidas na colocação de complementação com placas refletoras atirantadas (não aparecem nas representações). A colocação de barreiras altas também na divisória das pistas, no entanto, parece desnecessária e sobrecarrega a paisagem, assim como a interrupção em trechos na barreira cria sensação de descontinuidade.

Foi proposto o tratamento acústico para as áreas inferiores ao elevado (inclusive o mergulhão), considerando-o, corretamente, como fundamental para a melhoria da qualidade daqueles espaços, freqüentados diariamente por grande número de pedestres.

Com relação à iluminação, a proposta pode ser considerada adequada, atendendo aos padrões da Rioluz e sendo um projeto viável, de fácil manutenção e que valoriza a estrutura do viaduto.

O projeto prevê a instalação de um forro na superestrutura do elevado no trecho entre o Cais do Porto e o Prédio da Polícia Federal. Este elemento dificulta a inspeção visual visando a manutenção estrutural da obra, tendo sido omitido qualquer mecanismo de vistoria ou de recuperação.

EQUIPE 3

A proposta é arrojada, trazendo intervenções que agregam valor por transformar o viaduto numa obra de interesse em termos visuais. A estrutura dura e mecânica do elevado é envolvida por uma couraça que a transforma totalmente, fazendo-a assumir uma forma quase orgânica que a valoriza e proporciona um diálogo com os demais elementos existentes na paisagem. O projeto, no entanto, deveria incorporar maiores cuidados quanto à visibilidade dos monumentos existentes nas adjacências e com relação à necessidade de manutenção periódica das estruturas do elevado.

A equipe compôs a funcionalidade das barreiras tradicionais com um tratamento que as valoriza esteticamente e promove a continuidade visual mesmo onde elas são interrompidas. A rigidez deste tipo de intervenção.

(barreiras) fica quebrada pela sinuosidade e leveza do elemento criado. A solução para a área inferior também associa a eficiência acústica ao tratamento visual leve, embora recomende-se cuidados especiais quanto à quebra da monotonia que a repetição do tratamento proposto aos pilares pode causar e quanto à manutenção tanto dos elementos do sistema de iluminação quanto dos próprios painéis que os revestirão.

A proposta, no tocante ao sistema de iluminação, é interessante e valoriza a estrutura do viaduto, porém com níveis de complexidade que podem acarretar problemas de manutenção. A iluminação da pista superior através de rebatedores é inadequada, uma vez que serão necessárias lâmpadas de alta potência e um número excessivo de postes.

A subcobertura do elevado e os painéis laterais constituem obstáculos que dificultam a inspeção e a manutenção do viaduto, recomendando-se cuidados especiais também quanto a este item. Apesar dos autores citarem que os painéis são removíveis, as operações de retirada e recolocação desses elementos, bem como o tipo de estrutura de fixação (aparentemente treliçada), podem prejudicar inspeções visando à manutenção estrutural.

EQUIPE 4

Trabalho bem conceituado, que apresenta idéias criativas e intervenções pontuais corretas, carecendo porém de conseqüência projetual condizente com os conceitos e idéias apresentadas no texto. A equipe buscou estabelecer uma "pele" `a estrutura, aplicando diversos padrões e cores que variam dependendo dos locais de intervenção, pouco alterando a forma existente no entanto.

Apresenta boa solução para a mitigação dos ruídos na parte superior, com tratamento diferenciado nas placas, propondo tratamento cromático nos trechos correspondentes aos monumentos históricos existentes, o que foi considerado inadequado pois acaba por interferir na apreensão destes marcos urbanos.

Também não foi apresentada solução para tratamento acústico da área inferior do elevado, embora haja sugestões de ocupação destes espaços através da sua compartimentação com lonas para múltiplos usos.

Quanto à solução luminotécnica, a proposta é muito conceitual sem dar soluções práticas para o sistema de iluminação. A proposta de iluminar o viaduto na parte superior sem a instalação de postes é inadequada, uma vez que a iluminação somente nas laterais junto ao solo pode comprometer a visibilidade dos motoristas e conseqüentemente a segurança da via.

A equipe mostrou preocupação com a manutenção periódica da estrutura do elevado e dos elementos projetados, ao prever uma faixa destinada às freqüentes operações necessárias para visitas regulares visando a conservação. No entanto, a proposta carece de um detalhamento claro do grid metálico a ser fixado na superestrutura do elevado com essa finalidade.

EQUIPE 5

A equipe mostrou bom conhecimento da área, apresentando propostas que ultrapassam o escopo do concurso, sem contudo compatibilizar as idéias apresentadas com os diversos projetos urbanos já desenvolvidos (e citados no edital) integrantes do Plano Porto do Rio.

A equipe propõe para a estrutura inferior e os espaços ali situados o tratamento pictórico em cores vivas, que não se harmoniza com as intervenções em andamento nas adjacências, bem como propõe a introdução de vegetação em áreas consideradas inadequadas, que apresentariam dificuldades para seu desenvolvimento e manutenção.

Do ponto de vista da acústica, propõe além de barreiras tradicionais para a área superior, revestimentos de placas absorventes expostas (para a parte inferior), o que seria contra indicado em termos de aspecto e manutenção.

Quanto à iluminação, a equipe citou as normas técnicas vigentes, apresentando uma proposta considerada inadequada em função da alternância das alturas do posteamento.

RECOMENDAÇÃO

A comissão julgadora e os consultores técnicos recomendam que, previamente à execução das obras de tratamento acústico e paisagístico do viaduto da perimetral, deverá se proceder à sua recuperação estrutural, ao tratamento das juntas de dilatação e vedação e do sistema de drenagem.

RESULTADO

Foram selecionados e premiados os seguintes trabalhos:

  • 3º colocado: Equipe nº 2
  • 2º colocado: Equipe nº 4
  • 1º colocado: Equipe nº 3

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2004

A Comissão Julgadora

Carlos Dantas de Campos – Engenheiro Civil da Coordenadoria Geral de Projetos (SMO)

João Carlos Laufer Calafate – Arquiteto eleito pelas equipes concorrentes

Laura Di Blasi – Arquiteta do Departamento Geral de Patrimônio Cultural (SMC)

Luiz Paulo Leal de Oliveira – Arquiteto do Instituto Pereira Passos (SMU)

Marcos Bittencourt – Arquiteto do Instituto Estadual de Patrimônio Cultural (INEPAC)

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Organização
Rio de Janeiro RJ Brasil

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