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projects ISSN 2595-4245

Introdução Terceiro prêmio

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PORTAL VITRUVIUS. Concurso de Idéias Parque Central Porzuna. Projetos, São Paulo, ano 08, n. 088.02, Vitruvius, abr. 2008 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/08.088/2889>.


Memorial

1.  Objeto de Concurso

Mairena del Aljarafe é uma pequena cidade que nasce como povoado da Capital Andaluz Sevilla, sul da Espanha. Esta proximidade de 9 km de Sevilla estabelece um importante intercâmbio para Mairena, que hoje se configura como uma área sólida e bem estruturada de 40.000 habitantes, funcionando como uma extensão da própria capital, e cada vez mais atraindo moradores Sevillanos para seu território.

A Prefeitura de Mairena del Aljarafe está comprometida com o desenvolvimento sustentável, e  portanto,no processo da Agenda 21 local desde o ano 2001, que se assina a adesão a Carta de Aalborg, Cidades Européias para a Sustentabilidade.

Neste momento se pretende por em prática atuações prioritárias que poderiam concretizar na revitalização do desenvolvimento com critérios sustentáveis, uso eficiente dos recursos, a gestão dos resíduos, a participação e responsabilidade da cidadania e a educação para os problemas do meio-ambiente que enfrenta nosso planeta.

Na mesma linha da Agenda 21, a cidade se compromete com o Programa de Sustentabilidade Ambiental Urbana Ciudad 21, do Conselho de Meio Ambiente do Governo da Andalucía. Este programa tem os seguinte indicadores ambientais:

  • A gestão sustentável dos resíduos urbanos
  • O ciclo da água
  • Uso racional e eficiente da energia
  • Paisagem Urbana
  • Zonas Verdes e espaços livres
  • Flora e fauna urbanas
  • A qualidade do ar
  • Mobilidade Urbana
  • Educação ambiental e participação cidadã

Na estrutura de organização desta Prefeitura, a Agência Municipal de Meio Ambiente e Energia é responsável para impulsionar o processo da Agenda 21 local e, dentro deste marco, de gestionar a criação, o desenvolvimento e as atividades dos parques públicos da cidade.

Na atualidade, Mairena del Aljarafe conta com diversos parque “de Bairro”, de dimensões médias, com uma importante extensão de zonas verdes, e um Parque Central Urbano de 20 Ha .

2. Parque Central

Objetivando todas estas questões pertinentes inseridas dentro da atualidade mundial, o Parque deve portanto se delinear não como uma estrutura isolada, mas sim como uma continuidade da cidade, fazendo com que naturalmente ocorra uma integração desta paisagem e sua estrutura atendendo a cidade e seus moradores. Assim o tema escolhido e como uma homenagem ao Brasil : Belo-Horizonte.

Um espaço urbano que responda a um amplo programa de necessidades, relacionadas com a regeneração ambiental e de acordo com o compromisso adquirido a carta de Aalbord. A idéia Central é dar a população do município e aos visitantes, um espaço natural cujo uso lúdico compreenda atividades culturais, desportivas, educativas, de relaxamento e descanso de acordo com critérios concretos de sustentabilidade.

Inserido em região central do município, o Parque pretende melhorar as conexões entre os tecidos urbanos adjacentes e preexistentes. A proposta pretende potencializar este espaço como uma nova e não excluente centralidade urbana, estruturada por circulações principais, e fazer recuperação do Rio Porzuna que cruza todo o parque. Por meio destas circulações estabelecer a conexão entre edifícios singulares ao longo do espaço criado e sua acessibilidade dentro do conceito de mobilidade sustentável a diferentes zonas da cidade.

Este projeto deve ser capaz de aglutinar espaços diversos, onde a convivência e integração de todos os setores populacionais seja uma realidade. Contudo deve ser um lugar para experimentar a relação entre Urbanismo, tecnologias e natureza.

Corte transversal
Imagem do autor do projeto


Propomos um espaço linear, um grande jardim totalmente permeável através dos traçados da rede de circulações, que se adaptaram a topografia natural do local, sem que as pendentes sejam empedimento para seu uso pelos descapacitados. O objetivo geral de conseguir um caráter urbano é enfatizado com os materiais usados, espécies arbóreas plantadas e replantadas em alguns casos, e com a iluminação do conjunto, e seus devidos equipamentos urbanos propostos.

A sustentabilidade ambiental e de integração paisagística com o entorno, se consegue seguindo recomendações específicas sobre paisagismo, com outras premissas, como o uso da geometria como instrumento de paisagem, adaptando-se ao mesmo tempo com diferentes aspectos lineares, como a rede de circulação, e curvilíneos como espaços verdes e estruturantes da margem do rio Porzuna. A estrutura funcional é variada e flexível, convidando o cidadão a buscar seu lugar de conforto, personalizado e próprio.

“...A natureza é no fundo um símbolo de liberdade. As vezes inclusive da origem e suporte a idéia de Liberdade. Ao fundamentar o projeto na natureza, existe uma alta possibilidade de assegurar que caminho se desenvolva no tempo...” Alvar Aalto.

3. Definição Espacial

A definição espacial do parque foi delineada a partir do que consideramos o elemento principal de atuação: o Rio Porzuna.

Um elemento que como base de projeto acaba por si só apresentando os indicadores de desenvolvimento para o programa, estabelecendo a lógica do desenho complementar do parque. Seguindo a linearidade do rio, o Parque acompanha seu percurso, assim como a cidade. Uma rotatividade e reaproveitamento de sua água, e o armazenamento da água pluvial abastecem todas as necessidades programáticas. Propomos que uma futura rua prevista no programa Urbanístico da cidade se eleve sobre o parque e não o cruze, para que se faça sentido a continuidade almejada para este espaço.

A partir deste princípio também nascem dois eixos perpendiculares estruturadores de circulação, que conduzem o usuário para percorrer todo o território do parque, amparado por circulações secundárias, espaços sombreados, pequenas praças e atendendo um amplo programa desenvolvido concentrado em sua estrutura.

Um eixo longitudinal que margeia todo o Rio, aparece como elemento de contemplação desta imagem, fazendo o papel ora de rua suspensa, ora de rua que pousa sobre a superfície, se adaptando as curvas topográficas do terreno. Na margem esquerda do Rio, um bosque mais denso dialoga e contrasta com a solidez do eixo oposto.

Propomos como base para toda a área um parcelamento vegetal do solo em faixas distintas, orientadas a partir dos eixos principais e secundários, que nascem a partir de indicadores de fluxo mais amplos relacionados a cidade. Assim também delimitam caminhos e atividades para os usuários, que em meio à diversidade vegetal implantada, encontram a simetria fluida e organizadora dos eixos de circulação principais, onde todo o programa está inserido e conectado à paisagem, facilitando a acessibilidade do público.

4. Programa

O programa que desenvolvemos para o parque além do previsto na ata do concurso, busca qualificá-lo como um grande espaço somatório para as atividades de Mairena, que funcione como elemento diferencial da cidade .

Ciclovia

Contornando e marcando o conjunto delineamos uma ciclovia que age como primeiro elemento esportivo, de lazer e de contemplação do complexo. Seu trajeto propõe acessos alternativos adentrando o território do parque, oferecendo todo seu espaço para ser explorado e contando com áreas expecíficas destinadas a estes usuários, que também podem utilizar dos eixos principais do projeto para cruzar o parque ou chegar as distintas atividades distribuídas.

Estacionamento

Estes estão localizados em área onde o traçado viário oferece maior acessibilidade, e estrategicamente amarrados ao eixo transversal que cruza o parque e leva até o rio. Sua área também a identifica como elemento do parque por sua continuidade paisagística.

Praças escalonadas

Se adaptando a topografia ao longo do eixo transversal, praças de convívio oferecem distintos pontos de observação do parque, criando um movimento contínuo neste escalonamento que oferece sombra e prepara o usuário para a chegada ao rio.

Praça Central

Uma grande praça suspensa sobre o Rio, surge amarrada ao eixo longitudinal e fucionando também como “praça ponte”. Forte espaço de convívio e encontro do parque, a praça oferece por estar em ponto alto da paisagem uma interessante panorâmica orientada pelo Rio, aleatóriamente sombreada por árvores que parecem brotar do Rio e furar a praça para servir e somar a este espaço.

Pista de Caminhada e Área esportiva

A pista de caminhada aparece permeando a diversidade verde do parque, oferecendo um ar de qualidade para esta atividade dentro da cidade. Uma área com equipamentos infantis e uma para idosos também completam as atividades de esportes e lazer. Compondo a outra extremidade, uma grande área esportiva com quadras e pista de Skate .

Está área está agrupada nesta extremidade próxima à brisa de um grande lago, onde também ocorrem atividades aquáticas, como o remo, aproveitando esta água presente e atraente a todos, principalmente no verão, em que nesta região a temperatura é uma das mais altas da europa.

5. Arquitetura de conexão

Edifício pórtico

Uma forma de singularizar os diversos acessos ao recinto do parque é com a conformação de edifícios que passam a assumir a característica de edifício pórtico de entrada. O uso deste “módulo porta” é de informação e de sugestão para entrada ao interior do complexo, devido ao seus ângulos que realizam esta identificação e convite.

Restaurante Mirante

A própria topografia já delineava o partido para o projeto do restaurante. No ponto mais alto do terreno, o restaurante serve a cidade e enquadra a paisagem de todo o parque: o mirante. Com linhas neutras, bem definidas e simplicidade de materiais, surge como plataforma entre a cidade e o parque, resolvendo a partir de sua plataforma o desnível existente entre a rua e o parque.

Edifício Cultural

O Edifício cultural completa a diversidade do parque central, com seu programa variado e conector. Ele fica localizado junto à um grande lago, onde a água se renova e abastece o conjunto. Um edifício que esconde um pouco seu interior, de maneira a pousar com respeito e integração ao verde circundante. No nível da rua, uma grande praça para exposições leva à distintos volumes leves de vidro, onde se encontram usos admnisitrativos e de gestão do parque  Ao mesmo tempo, estes volumes organizam o espaço e direcionam quem por ali passa a diferentes vistas e orientações de fluxo pelo trajeto ao parque.

Em seu nível inferior, o percurso passa por uma área expositiva interna que conduz ao foyer e auditório. Localizado no nível do lago, sugerindo transparências e reflexos, que mesmo dentro deste espaço, a natureza, objeto principal do projeto, aparece marcante e presente.

Foto aérea - implantação
Imagem do autor do projeto

O parque e a cidade
Imagem do autor do projeto

Esquema: pilares estruturadores 1. O Rio 2. Eixos ordenadores e de conexão 3. Permeabilidade: redes de conexões 4. Estrutura verde
Imagem do autor do projeto

Implantação
Imagem do autor do projeto

ficha técnica

TRC Arquitectos Associados (Espanha)
Arq .Tomaz Rosa Castejón  e  Arq. Javier González Jiménez

Projeto e apresentação
Lucas Almeida Padovani (Brasil) – Puccamp / Universidad d´ Sevilla

Consultoria
Agência do Meio Ambiente – Junta da Andalucia

Data
Outubro 2007

Local
Mairena del Aljarafe, Sevilla - Espanha

source
Equipe terceira colocada
Sevilla - Espanha

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088.02 Concurso
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original: português

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Equipe terceira colocada
Sevilla - Espanha

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088

088.01 Profissional

Programa Praça-Escola / Secretaria Adjunta de Projetos Urbanos

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