Das Estratégias Urbanas
Estratégia 1
Projetos de habitação social devem ser difundidos pela cidade com escalas controladas: nem muito ínfimas - para que ainda possa existir uma razoável repetição e otimização, nem muito grandes - para que não se transformem em imensas extensões urbanas impessoais, garantindo assim singularidade e linguagem diversificada, própria da cidade. É fundamental alcançar a dimensão humana e a construção de uma vida comunitária, com sentido de lugar.
Estratégia 2
Deve-se gerar valor agregado através de agrupações de moradia com bom desenho e boa qualidade urbanística e arquitetônica que construam a cidade, os bairros e comunidades estáveis: É necessário construir apego ao lugar e criar vínculos e relações de vizinhança, rompendo com a ideia de precariedade e transitoriedade da habitação social.
Estratégia 3
Para a construção da vida urbana e da urbanidade é proposto o retorno aos valores essenciais de uma cidade humana: a praça, a rua, o parque, a alameda, a lojinha, o restaurante, o boteco de esquina, a vida de bairro e a comunidade. Portanto o vazio, o espaço comunitário, os espaços de encontro, o espaço não construído, é tão ou mais importante que os edificios.
Estratégia 4
Participação coletiva da comunidade. Proposta de participação coletiva como meio de preparação para se viver numa “comunidade urbana”. Escutar as vontades dos usuários como mecanismo de aprimoramento das soluções para estes conjuntos urbanos. Implementa-se essa ideia a partir de workshops de trabalho em grupo especializados por temática, por exemplo.
Do Conjunto Arquitetônico
Propõe-se uma arquitetura de volumes sóbrios, que permita uma construção econômica e simples, acomodada à topografia natural do terreno, sem remoção de terra.
Um espaço harmonioso surge através da justa proporção entre o construído e o vazio, a partir da criação de um corte homogêneo, mas também dinâmico com a variação dos perfis das edificações.
Um desenho rico em texturas nas fachadas, com a ruptura de seu plano por varandas, que correspondem com os jardins internos e por recortes do edifício nos vãos modulados e nos muros. Rompe-se com a massividade e a rigidez do conjunto.
Materiais de uma mesma gama cromática que conferem harmonia ao conjunto, mesclados a elementos pontuais de contraste com cores intensas garantem diversidade de leitura ao volume.
Das Unidades
Devido às justas dimensões da área por moradia é muito mais eficiente, útil, econômico e sensato utilizar somente unidades de um pavimento.
A área interna deve prover o máximo de flexibilidade se a intenção é que os apartamentos sirvam apropriadamente para diferentes estruturas familiares, o que é fundamental, pois permite a variação do programa interior e permite que as pessoas possam ajustar e modificar os espaços com o passar do tempo, dependendo das necessidades particulares.
Ficha técnica
Autores
Lucas Fehr
Mario Figueroa (Estudio America)
Daniel Bonilla (Daniel Bonilla Arquitectos)
Coordenador
Daniel Bonilla
Consultores
Estrutura
Eng. Nicolás Parra (CNI Ingenieros)
Eng. Ricardo Dias
Orçamento
Eng. Mauro Zaidan (Nova Engenharia)
Equipe
Estudio America + Daniel Bonilla Arquitectos
Lucas Fehr
Mario Figueroa
Daniel Bonilla
Mario do Val
María Paula González
Felipe Gomez
Guillermo Barahona
Mauricio Mendez
Jorge Paparoni
Juan Felipe Herrera
Kirsti Øygarden
Sebastian Chica
Luciana Brasil.
Diagramação
Santiago Ramos