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Reforma e readequação de uso transformam casa dos anos 1920 em agradável espaço de trabalho. Projeto realizado por Vilanova Arquitetura na cidade de Campina Grande PB.

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PORTAL VITRUVIUS. Casa 233. Transformação de casa em espaço de trabalho. Projetos, São Paulo, ano 13, n. 151.02, Vitruvius, jul. 2013 <https://vitruvius.com.br/revistas/read/projetos/13.151/4818>.


Ecléticos, raros

A origem do município de Campina Grande, interior do Estado da Paraíba, remonta ao século 17. Elevado à categoria de vila em 1790 e à de cidade em 1864, seu núcleo urbano adentra as primeiras décadas do século 20 com um patrimônio edificado em sua maioria vinculado a usos civis, de raras construções monumentais e de referências formais quase sempre ecléticas e classicizantes. A partir dos anos 1930, a ampla difusão de outras manifestações arquitetônicas (neocolonial, missões, chalés e, principalmente, art déco) e as reformas urbanas empreendidas no município, responsáveis pela substituição de parcelas significativas do acervo edificado em décadas anteriores, fizeram de ecléticos e classicizantes episódios raros em Campina Grande. A essas arquiteturas, associa-se a memória da cidade pré-1930, em momento de acelerado crescimento, ansiosa pelos ideais de progresso e modernização então difundidos, mas ainda permeada pelas heranças dos séculos passados. É desse contexto que surge o valor de patrimônio cultural da Casa 233, um dos poucos remanescentes da arquitetura residencial eclética campinense.

Diagnóstico e estratégias de intervenção
Divulgação [Acervo Vilanova Arquitetura]

Construção, arruinamento

Sua construção, atribuída aos anos 1920, reproduz modelos recorrentes em outras regiões do país no mesmo período: 1) implantação em lote estreito e comprido, com apenas 1 recuo lateral e quintal nos fundos; 2) a planta segue a configuração do terreno, com permeabilidades entre circulações e espaços sociais, íntimos e de serviço; 3) distribuição do programa em dois volumes hierarquicamente distintos, frontal e posterior, com cumeeiras paralela e perpendicular à rua, respectivamente; 4) cobertura de estrutura de madeira e telhas canal, alvenarias de tijolo de adobe (com espessuras variadas, de acordo com o vão e carga que suportam), piso de ladrilho hidráulico, esquadrias de madeira e elementos decorativos apenas na fachada frontal. Ao longo do tempo, o edifício recebeu acréscimos e modificações: a inserção do banheiro ampliou o volume posterior, salas e quarto receberam lajes de concreto, em alguns espaços foi instalado piso cerâmico, parte das esquadrias foi substituída. Em 2009, quando do levantamento para a intervenção, o edifício denunciava seus 15 anos de desuso e ausência de manutenção: o volume posterior encontrava-se em arruinamento, com poucas possibilidades de recuperação, os ladrilhos e pisos cerâmicos estavam danificados, comunicações espaciais emparedadas, pinturas desgastadas.

Corte AA
Divulgação [Acervo Vilanova Arquitetura]

Forma, para nova função

A demanda para a intervenção no imóvel não veio de seu proprietário, mas dos inquilinos. Isso determinou grande parte das decisões projetuais, visto que o investimento a ser feito deveria ser compatível com o tempo mínimo programado para uso do edifício, curto no caso em questão. Com a perspectiva de um baixo orçamento, o segundo desafio seria lidar com a manutenção de uma forma pré-existente para novas funções demandadas: de casa para escritório (de arquitetura), do morar para o trabalhar. Assim, foram definidas as seguintes estratégias de projeto: 1) respeito aos momentos passados e presentes, de modo a ser possível a identificação dos diversos tempos do edifício, seja através da técnica, dos materiais ou da linguagem; 2) recomposição da volumetria original, com o aproveitamento das fundações existentes para a reconstrução do volume posterior; 3) mínimo de interferência na relação entre edifício e lote, com a permanência e a potencialização das áreas livres; 4) substituição e recuperação de pisos e pinturas; 5) integração entre os ambientes, com poucas alterações na configuração espacial apresentada e exploração do desenho de mobiliário; 6) máximo aproveitamento das esquadrias presentes no edifício, repintadas de azul para a sinalização da pré-existência; 7) proteção da circulação lateral externa, com a inserção de marquise de concreto.

Fachada leste
Divulgação [Acervo Vilanova Arquitetura]

ficha técnica

projeto
Casa 233

autoria
Vilanova Arquitetura – Fabiano Melo e Marcus Vinicius

colaboradores
Ademar Vilar Jr, Camila Vilar, Alberto Burity, Rayla Cabral, Renata Melo e Alana Marinho

ano projeto e construção
2009

localização
Rua Otacílio de Albuquerque, nº 233, Centro, Campina Grande PB

execução
Tetto Empreendimentos Imobiliários

coordenação de obra
Emanuel Sávio

esquadrias
Suelle Móveis

marcenaria
Lucimário Ramos

fotografias
Augusto Pessoa

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151.02 reforma
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original: português

source
Vilanova Arquitetura
Campina Grande PB Brasil

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